Movimento de Apoio aos Renais Crônicos. M.A.R.C. Essa ideia!!!

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Rio de Janeiro, Rio de Janeiro, Brazil
Atuamos na conscientização e prevenção deste mal que cresce de forma silenciosa e assustadora, oriunda de doenças decorrentes dos rins, do sistema excretor, da hipertensão arterial, do diabetes e de costumes alimentares inadequados. Incentivamos a doação entre vivos no caso de rim, medula e fígado(que quase não ouvimos falar),e nos preocupamos em ampliar o processo de captação de órgãos, já que o atual apesar dos esforços dos profissionais dessa área ainda está muito longe da realidade. Aliás, a captação de órgãos é o principal problema hoje enfrentado por quem está a espera de um transplante, já que sem captação não há doação. Em 70% dos casos, depois de detectada a morte encefálica os familiares do possível doador autorizam a retirada dos órgãos, no entanto, aproximadamente 20% é aproveitado. Atualmente, existem milhares de pessoas entre adultos e crianças necessitando dessa captação para continuarem vivas, sofrendo dia após dia a espera por um órgão. O governo pouco investe em matérial humano e estrutura hospitalar para ampliar este sistema e por fim ao sofrimento de muitos. FAÇA EXAME DE GLICOSE,UREIA E CREATININA REGULARMENTE.

quinta-feira, 5 de novembro de 2009

Nutrição em hemodiálise

Os principais objetivos do acompanhamento nutricional dos pacientes renais crônicos é manter um bom estado nutricional, prevenindo deficiências nutricionais; controlar edema e desequilíbrio eletrolítico; prevenir ou retardar o aparecimento de osteodistrofia renal; arritmias cardíacas; desnutrição e outras complicações, formulando uma dieta que seja a mais adequada para o paciente renal, proporcionando uma melhor qualidade de vida e reduzindo a taxa de morbidade e mortalidade observada nesta população.

O início da terapia os pacientes ou/e familiares necessitam de educação muito mais intensiva para adaptação e ao longo do tratamento passam a conhecer suas dietas, tendo sido muito bem instruídos por um nutricionista em sua unidade de diálise não dispensado o aconselhamento periódico dietético do profissional.

A atribuição da nutricionista na área renal é avaliar o estado nutricional; identificar as necessidades nutricionais individuais dos pacientes; informar sobre os cuidados nutricionais aos familiares e reavaliar periodicamente o estado e as recomendações nutricionais de cada paciente.

Dentre as diversas técnicas de aferição dos compartimentos corporais disponíveis na rotina clínica dos serviços de hemodiálise, o tradicional método de avaliação das pregas cutâneas, aferição de peso, altura e índice da massa corporal realizados periodicamente têm sido e o método adotado. Com o objetivo de monitorar o estado nutricional e promover sugestões, soluções e plano de ação, para melhor qualidade de vida ao paciente também são monitorados mensalmente os exames bioquímicos (fósforo, cálcio, potássio e uréia).

ORIENTAÇAO NUTRICIONAL

A aderência da dieta é uns dos fatores mais importante para o bem estar do paciente. A não aderência ao tratamento pode contribuir para o aumento de doenças associadas a insuficiência renal crônica. Portanto, a educação nutricional tem o papel em ajudar a selecionar os alimentos para o controle de fósforo, potássio, sódio (sal), restrição de líquidos e quantidades de proteínas adequadas para o paciente, proporcionando assim melhor qualidade de vida ao paciente.

POTASSIO

O controle de potássio na insuficiência renal crônica deve ser de extrema importância, pois há redução de sua excreção e consequentemente se elevando no organismo podem ocorrer arritmias cardíacas, podendo ser fatais. Quase todos os alimentos são ricos em potássio, mas são mais presentes em frutas, verduras e legumes. Estes alimentos não podem ser retirados totalmente do cardápio, pois são fontes de fibras que ajudam na função intestinal e contem vitaminas e minerais importantes para a função do organismo. A tabela abaixo é diferenciada por cores (verde/laranja/vermelho). Os alimentos da coluna vermelha devem ser consumidos apenas nos dias de diálise (uma porção).

Para o controle maior do potássio existem métodos para a redução do potássio:Quando fizer verduras ou legumes refogados deve descascar, picar, deixar de molho em água por duas horas, jogue a água fora, coloque outra água e deixe cozinhar por no mínimo 15 minutos se for verduras folhosas ou por 30 minutos se for legumes e jogue a água do cozimento fora e complete o preparo. Este procedimento faz perder em média 50% do potássio.


CARAMBOLA

Em 1996 foi distribuída para alguns pacientes a fruta carambola em um centro de diálise e foram relatados seis casos de intoxicação pela ingestão da fruta (de 2 a 3 unidades) ou suco de fruta. Existe uma neurotoxina na fruta que ocorreu nestes casos sintomas de insônia, soluços, confusão mental e até morte.

FÓSFORO

O fósforo também é um mineral que existe nos alimentos e eleva na insuficiência renal crônica, se acumulando no organismo. Quando o fósforo se eleva iniciam sintomas de prurido (coceira) em todo o corpo e também começam ocorrer descalcificação dos ossos e calcificação de tecidos moles (músculo, coração, pulmão...), pois o fósforo ?puxa? o cálcio depositado no osso para o sangue e consequentemente o osso vai ficando fraco (osteoporose) e começa a depositar nos músculos (calcificação tecidos).

A hemodiálise retira apenas parte do fósforo do organismo, portanto deve ser restringido alimentos ricos em fósforo e usar os quelantes de fósforo, medicamento que quelam (fixam) o fósforo e levam para as fezes. Esses medicamentos devem ser usados exatamente conforme prescrição médica.

Os quelantes mais utilizados são o carbonato de cálcio, acetato de cálcio e sevelamer (não contem cálcio).

PERMITIDOS
EVITAR

Arroz
Amêndoas/Amendoim e derivados

Biscoito de polvilho/pão/bolacha cream cracker
Chocolate e achocolatado

Broa de milho
Côco ralado/sorvete a base de leite

Doces de compota sem calda (exceto diabéticos)
Farinha Láctea/Neston/Sustagem

Farinha de milho
Flocos de cereais

Fubá
Peixe e frutos do mar

Goiabada/Marmelada/Geléia (exceto diabéticos)
Queijos/presunto/mortadela

Macarrão
Miúdos de galinha /Vísceras (Bucho/Coração/Fígado)

Pão de forma
Coca ? Cola/cerveja/pepsi cola


LIQUIDO E SÓDIO (SAL)


Na insuficiência renal crônica pode ocorrer acumulo de líquidos no organismo. Portanto a restrição de líquidos é muito importante para prevenção de doenças cardiovasculares. A ingestão excessiva de líquidos, torna-se o procedimento dialitico mais complicado, pois durante o tratamento pode ocorrer hipotensão,
câimbras musculares, náuseas, cefaléia e não conseguindo retirar o excesso pode ocorrer edema agudo de pulmão.

Para saber a quantidade de líquido que pode ser ingerida ao dia deve saber o volume de urina de 24 horas. O volume urinário de 24 horas significa a quantidade de líquido que deve ser ingerda ou caso o paciente não tenha diurese (urina) a quantidade de liquido é de 500 ml /por dia.

Líquidos a serem considerados: água, chá, água de coco, bebidas alcoólicas, gelo, gelatina, sorvete, café, leite, suco, caldo de feijão, sopa, refrigerante, chimarrão.

O excesso de sódio (sal) usado no preparo dos alimentos e os que contem nos produtos industrializados além de elevar a pressão arterial aumenta a sede,tornando um ciclo vicioso. Portanto, deve ser restrito o uso de sal sendo a media de consumo de 2 a 3 gramas por dia (cada grama equivale a uma colher de café).

PROTEINAS

As proteínas são utilizadas para o crescimento e desenvolvimento do nosso organismo e para a formação de células de defesa que combatem infecções. São responsáveis pela formação e manutenção da pele, cabelo, órgãos, se ligam a alguns medicamentos para fazer sua função, etc. Durante o tratamento dialítico você perde algumas proteínas, portanto deve ser repostas através da alimentação, consumindo carne vermelha, aves, peixes (sendo este cada 15 dias) e clara de ovos. A quantidade é individualizada e deve estar especificada em sua dieta que será prescrita quando a nutricionista fizer sua avaliação nutricional.

domingo, 11 de outubro de 2009

Leis, decretos, resoluções e portarias sobre doação e transplante de órgãos.

A legislação brasileira sobre o processo doação e transplante de órgãos se constitui de um pacote de leis, decretos, resoluções e portarias do qual se destaca:

LEI Nº 9.434 de 04 de fevereiro de 1997 - Dispõe sobre a remoção de órgãos, tecidos e partes do corpo humano, para fins de transplante, tratamento e dá outras providências.
Decreto 2.268/97.LEI Nº10.211 de 23 de março de 2001- Altera dispositivos da Lei nº9.434 de 4 de fevereiro de 1999.
Decreto nº 2.268 de 30 de junho de 1997 - Regulamenta a Lei 9.434 e cria o Sistema Nacional de Transplantes - SNT e as Centrais de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos - CNCDOs.
Portaria GM nº 3.407 de 05 de agosto de 1998 - Aprova o regulamento técnico sobre as atividades de transplantes e dispõe sobre a Coordenação do Sistema Nacional de Transplantes, composição e atribuições do Grupo Técnico de Assessoramento –GTA.
Portaria GM nº 1.262 de 16 de junho de 2006 - Aprova o Regulamento Técnico para estabelecer as atribuições, deveres e indicadores de eficiência e do potencial de doação de órgãos e tecidos relativos às Comissões Intra-hospitalares de Doação de Órgãos e Tecidos para Transplante(CIHDOTT).

Fonte: ADOTE


Veja a legislação completa aqui

http://dtr2001.saude.gov.br/transplantes/legislacao.htm

sexta-feira, 9 de outubro de 2009

Células Tronco, em breve uma realidade!!!

Eficiência do tratamento com células-tronco: na imagem A, células renais de um rato sadio; na B, as de um animal com insuficiência renal; as outras mostram células renais de ratos que receberam uma (C) e três (D) doses de células-tronco (fotos: Lúcia Andrade)

O uso de células-tronco retiradas da medula óssea de ratos saudáveis reverteu a insuficiência renal crônica em animais que sofriam da doença. A função renal desses ratos, que era de 20% de sua capacidade, passou a 50% após o tratamento. "Esses resultados são inéditos na literatura e se mostram bastante promissores", conta a professora Lúcia Andrade, do Laboratório de Pesquisa Básica da Disciplina de Nefrologia da Faculdade de Medicina da USP (FMUSP).
O grupo agora tem a intenção de, inicialmente, usar este tratamento como medida terapêutica em cães e gatos. "Mas vale ressaltar que ainda não definimos nada neste sentido. Já para o uso em humanos, o caminho é bem mais longo e depende, principalmente, de tecnologia e de vários testes que tornem a técnica mais segura. Isso pode levar, no mínimo, uns dois anos", destaca a médica.

Modelo animal
Os estudo está sendo publicado na revista Stem Cells. A pesquisa foi realizada a partir de um modelo animal de insuficiência renal crônica. Para simular esta doença em ratos, os pesquisadores retiram totalmente um dos rins e 2/3 do outro. Lentamente, os animais vão perdendo a função renal ficando com apenas 20% de sua capacidade. "Trata-se de um modelo de insuficiência renal bastante conhecido e utilizado na literatura", comenta Lucia Andrade.
Foram usados, no total, 40 ratos, divididos em 4 grupos com 10 animais cada: controle (com função renal normal); um grupo com a doença, mas que não recebeu nenhuma aplicação com células-tronco; um grupo com a doença que recebeu aplicação de células-tronco no 15º dia após a retirada dos rins; e um outro grupo com a doença que recebeu aplicações no 15º, 30º e 45º dia após a cirurgia.
Os pesquisadores estudaram esses animais durante 4 meses. Os resultados foram idênticos nos grupos que receberam uma e três aplicações de células-tronco. A função renal foi estudada aos 60 e aos 120 dias. Após o final desse período, os animais que receberam as células-tronco apresentavam 50% da capacidade renal. Os que não receberam as aplicações continuavam com apenas 20% da função renal.

Necessidade de diálise
"Em termos de comparação, se transportarmos esse contexto para seres humanos, 20% da capacidade renal corresponde à necessidade de diálise. Já um paciente que tem apenas 50% da capacidade renal, pode ter uma vida normal desde que tenha acompanhamento médico e tome algumas medidas preventivas no cuidado com a saúde", aponta a pesquisadora. A diálise é um tratamento onde é feita a filtração do sangue, com a finalidade de retirar as substâncias tóxicas e o excesso de água e sais minerais do organismo, repondo as funções dos rins.
Outro ponto destacado pela pesquisadora é o tempo de 120 dias em que os animais foram estudados. "É um período longo, pois a média de vida desses ratos gira em torno de 2 a 3 anos", afirma a médica.

O que é insuficiência renal crônica?
Várias doenças podem causar a insuficiência renal crônica, sendo a diabetes a principal causa. Pressão alta, rins policísticos, as nefrites, a pielonefrite também são causadoras do mal. "Há uma perda muito grande da qualidade de vida do paciente. Eles precisam fazer diálise três vezes por semana, em um procedimento que dura cerca de quatro horas", comenta a pesquisadora.
De acordo com Lúcia Andrade, em 2007, somente no Brasil, 73.605 pacientes estavam em programas de diálise (a maioria hemodiálise). Na região Sudeste, 18 mil pacientes estão em fila de espera para transplante renal. A taxa de mortalidade para pacientes em diálise é de 15%. "Nossa pesquisa é de extrema importância, pois é um grande avanço no estudo para tratamentos da doença renal", aponta.
Estudo coordenado pela nefrologista Lúcia Andrade, da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

sexta-feira, 2 de outubro de 2009

Posso doar meus órgãos em vida???


Sim.

Também existe a doação de órgãos ainda vivo. O médico poderá avaliar a história clínica da pessoa e as doenças anteriores. A compatibilidade sanguínea é primordial em todos os casos. Há também testes especiais para selecionar o doador que apresenta maior chance de sucesso. Os doadores vivos são aqueles que doam um órgãos duplo como o rim, uma parte do fígado, pâncreas ou pulmão, ou um tecido como a medula óssea, para que se possa ser transplantado em alguém de sua família ( até 4° grau) ou até um amigo ( Neste caso é necessária uma autorização judicial). Este tipo de doação entre vivos, só acontece se não representar nenhum problema de saúde para a pessoa que doa.

Quais os requisitos para um doador falecido ser considerado doador de órgãos?

-Ter identificação e registro hospitalar;
-Ter a causa do coma estabelecida e conhecida;
-Não apresentar hipotermia (temperatura do corpo inferior a 35°C), hipotensão arterial ou estar sob efeitos de drogas depressoras do sistema nervoso central;
-Passar por dois exames neurológicos que avaliem o estado do tronco cerebral. Esses exames devem ser realizados por dois médicos não participantes das equipes de captação e de transplantes;
-Submeter-se a exame complementar que demonstre morte encefálica, caracterizada pela ausência de fluxo sanguíneo em quantidade necessária no cérebro, além de inatividade elétrica e metabólica cerebral;
-Estar comprovada a morte encefálica. Situação bem diferente do coma, quando as células do cérebro estão vivas, respirando e se alimentando mesmo que com dificuldade ou um pouco debilitadas.
Obs: Após diagnosticada a morte encefálica, o médico da Unidade de Terapia Intensiva ou da equipe de captação de órgãos, deve informar a família de forma clara e objetiva que a pessoa está morta, e que nesta situação, os órgãos podem ser doados para transplante

O que é morte encefálica???

Cérebro com AVC, Uma das principais causas de Morte Encefálica!
Designa-se por Morte Cerebral ou Morte Encefálica, a perda definitiva e irreversível das funções cerebrais relacionadas com a existência consciente.Se uma pessoa sofre apreensão cardíaca que resulta na falta de oxigênio e nutrientes ao cérebro, ou sofre uma ferida de tiro à cabeça que resulta em morte cerebral, é a mesma diagnose. O cérebro controla todas nossas funções, mas há três coisas que ele não pode fazer:
Não pode sentir dor. O
cérebro pode sentir dor por toda parte do corpo, mas não dentro de si mesmo.
O
cérebro não pode armazenar oxigênio. Uma pessoa pode sentir uma falta de oxigênio depois de alguns segundos. Quando alguém se levanta muito depressa e fica atordoado, este é um exemplo da perda de fluxo de sangue ao cérebro que pode ser sentido.
O cérebro não pode armazenar
glicose (açúcar de sangue). Diabéticos que tomam muita insulina podem derrubar o nível de açúcar de sangue e podem desfalecer, e sem infusão de glicose imediata o cérebro pode morrer.
O cérebro pode sobreviver por até aproximadamente seis minutos depois de uma parada cardíaca. A razão para aprender os primeiros-socorros é que se começado dentro de seis minutos depois da parada cardíaca, o
cérebro pode sobreviver à falta de oxigênio. Depois de aproximadamente seis minutos sem atendimento, porém, o cérebro começa a morrer. A ministração de medicamento e a ventilação permitem a oxigenação do tecido, mas lesão cerebral severa ou um período prolongado sem oxigênio ou glicose causa a morte do cérebro.

Quais órgãos podem ser doados???



Um único doador pode beneficiar até 25 pessoas,ou melhor salvar 25 vidas!!!

Os transplantes mais comuns são assim classificados:


Órgãos: Pele, coração, fígado, rins, pâncreas, pâncreas/rim, pulmão, intestino e estômago.


Tecidos: Sangue, córnea, medula óssea, dura máter, crista ilíaca, fáscia lata, patela, costelas, ossos longos, cabeça do fêmur, ossos do ouvido, safena, válvulas cardíacas.


Córneas: ( Retiradas do doador até 6 horas dpc e mantidas fora do corpo por até 7 dias);

Coração: ( Retirado do doador apc e mantidos fora do corpo por no máximo 6 horas);

Pulmão: ( Retirados do doador apc e mantidos fora do corpo por no máximo 6 horas);

Rins: ( Retirados do doador até 30 minutos dpc e mantidos fora do corpo até 48 horas);

Fígado: ( Retirado do doador apc e mantido fora do corpo por no máximo 24 horas);

Pâncreas: ( Retirado do doador apc e mantido fora do corpo por no máximo 24 horas);

Ossos: ( Retirados do doador até 6 horas dpc e mantidos fora do corpo por até 5 anos);